“Como Estrelas na Terra” e as Inteligências Múltiplas
Post contendo spoiler do filme "Como Estrelas na Terra"
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| Ishaan Awasthi |
Segundo Howard Gardner, psicólogo autor desta teoria, existem ao todo 7 tipos de inteligência e todas as pessoas tem um pouco das 7 combinados dentro de si. No entanto, cada pessoa tem um deles desenvolvido de modo mais forte e que se sobrepõe sobre os outros. As 7 inteligências são: Linguística, Lógica-Matématica, Motora, Espacial, Musical, e as inteligências pessoais: Interpessoal e Intrapessoal. Mais recentemente, Gardner expandiu seu conceito acrescentando à lista, a Inteligência Naturalista e a Inteligência Existencial.
Como é trazido no filme pelo professor de artes de Ishaan, cada criança tem um talento para algo, uma facilidade para se desenvolver mais em uma área do que em outra. No caso de Ishaan, por ter dislexia, ele tinha muita dificuldade com a linguagem, a leitura, a escrita e com os cálculos, porém, ele tinha uma facilidade incrível para desenvolver a “Inteligência Espacial”, pois ele tinha muito talento para criar, imaginar, desenhar e pintar imagens.![]() |
| Albert Einstein |

A história de Ishaan logo nos faz questionar o sistema educacional. Com a teoria de Gardner, nos vem a mente que a escola deveria valorizar as mais diversas formas de pensamento, os estágios de desenvolvimento das várias inteligências, a relação existente entre esses estágios, a aquisição de conhecimento; não apenas querendo padronizar as crianças, ensinando-as a seguir um modelo pré-estabelecido, quando deveriam é incentivá-las a criar coisas novas e favorecer o potencial individual de cada um.
Essa teoria nos faz pensar em novas alternativas para as práticas educacionais, com uma educação realmente focada na criança, com avaliações que sejam adequadas as diversas habilidades humanas, com um ambiente mais amplo e variado, que dependa menos do desenvolvimento da linguagem e da lógica. Pois, embora as escolas declarem, como no filme, que “preparam seus alunos para a vida”, a vida certamente não se limita apenas a raciocínios verbais e lógicos.
Essa teoria nos faz pensar em novas alternativas para as práticas educacionais, com uma educação realmente focada na criança, com avaliações que sejam adequadas as diversas habilidades humanas, com um ambiente mais amplo e variado, que dependa menos do desenvolvimento da linguagem e da lógica. Pois, embora as escolas declarem, como no filme, que “preparam seus alunos para a vida”, a vida certamente não se limita apenas a raciocínios verbais e lógicos.
Dificuldade de Aprendizagem
Na
educação não nos deparamos somente com aprovações e sucessos, na maioria das
vezes no decorres do ensino, vemos problemas que deixam os alunos paralisados
diante do processo de aprendizagem, com isso acabam sendo rotulados ate mesmo
pelos familiares, professores e colegas. É de suma importância que todos
estejam envolvidos e atentos às dificuldades, observando se são simples ou
graves.
As dificuldades podem ser orgânicas
ou emocionais, é importante que sejam descobertas precocemente assim poderá ser
focado com o intuito de desenvolver melhor o processo educativo.
A
dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a
dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas:
disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade). O aluno com dificuldade de aprendizagem sente-se
rejeitado pelos colegas.
- Dislexia: é a dificuldade que
aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz trocas ou
omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de
linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores
genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.
- Disgrafia: normalmente vem
associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras,
consequentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a
letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao
produzir um texto.
- Discalculia: é a dificuldade
para cálculos e números, de um modo geral os portadores não identificam os
sinais das quatro operações e não sabem usá-los, não entendem enunciados de
problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não entendem
sequências lógicas. Esse problema é um dos mais sérios, porém ainda pouco
conhecido.
- Dislalia: é a dificuldade na
emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das palavras, com trocas de
fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com
problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino.
- Disortografia: é a dificuldade
na linguagem escrita e também pode aparecer como consequência da dislexia. Suas
principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever,
aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e
compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.
- TDAH: O Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem neurológica, que traz
consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e
impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo
rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma
agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas
emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e outros
profissionais capacitados.
Os
professores podem ser muito importantes na identificação desses problemas, o
papel do professor cabe somente observar o aluno e auxiliar o seu processo de
aprendizagem, tornando as aulas mais motivadas.
“A criança é um grande pesquisador”.( Pedro
Demo)
O desafio da prática educacional, o professor deve ser um orientador e
não apenas um mero transmissor de conhecimento, ser capaz de incentivar cada
dia pesquisar por si mesmo. Pedro Demo faz críticas às relações que se dão nos
ambientes tradicionais de ensino, destaca a importância da autoria para o aprendizado,
que é o ato de buscar no aluno seu lado reflexivo que lhe permite ser um
produtor de ideias.
Toda a criança é curiosa, indagadora, experimentadora, interessada, o
grande desafio é ter um professor que saiba pesquisar e saiba fazer o aluno
pesquisar, ser capaz de aproveitar as potencialidades da criança, essa
curiosidade e vontade de criar, e com isso despertar o cultivo de saber pensar.
O conhecimento teórico é importante, mas se faz necessário uma proximidade
maior entre teoria e prática.
O educador deve ser também um provocador de ideias no aluno, pois
através da sua visão, do seu conhecimento pode fazer com que o aluno seja um
participante do conhecimento e não somente ouvinte.
O termo reconstrução seria o mais adequado, pois partimos de um conhecimento
já disponível. Esse Princípio
Educativo em que o sujeito deve ter autonomia e emancipação através de sua
consciência crítica, que deve ser capaz de ter sua própria história, uma
história que o faça ser participante da sociedade.
Demo deixa claro que tudo que se quer de um aluno é que ele saiba pensar
e que o aluno é a imagem e semelhança do seu professor. Só que está ocorrendo
por anos é que os professores em sua formação não são incentivados a pensar,
pesquisar e elaborar durante a formação, eles só assistem aulas e fazem provas.
Quando esses professores vão dar aulas, fazem a mesma coisa, criando-se assim
um ciclo vicioso.
Ele ainda conclui que autoria é fundamento docente e discente, por ser
referência crucial da aprendizagem no professor e no aluno, a pesquisa é item
fundamental se quisermos alunos que estudem bem precisamos ter professores que
estudem bem também.
Para fugir desse tipo de “aprendizado”, que se dá em sala
de aula, devemos utilizar novas tecnologias, mesmo que demande esforço e
dedicação do modo convencional. Com essas novas tecnologias podem enfrentar o
estudo com outro espírito, à medida que se torna possíveis estilos de autorias
coletivas que produz envolvimento.
Conclusão
O
ato de ensinar é sagrado. Poderá significar o fracasso ou sucesso de uma
criança no seu futuro. Um desafio que todos os educadores deveriam encarar com
muita seriedade e lançar mão de todos os recursos para aprimorar sua didática,
sua arte de ensino. Procuramos demonstrar, neste trabalho, alguns aspectos
importantes desta arte e com certeza isto nos será de grande valia na carreira
que se nos apresenta.
Referências Bibliográficas:
DEMO, Pedro. A criança é um grande pesquisador. 2009.
Disponível em:
<https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B_iQ
RJWKpWlNDcwYmQyZWItNDA1Ni00NGFmLTkzMjctZWFkMGY0MGJlODJi&hl=pt_BR>. Acesso em: 13 05. 2014.as 19:00
http://www.psicosmica.com/ acessado em 14052014 as 00:47<https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B_iQ
RJWKpWlNDcwYmQyZWItNDA1Ni00NGFmLTkzMjctZWFkMGY0MGJlODJi&hl=pt_BR>. Acesso em: 13 05. 2014.as 19:00
https://www.youtube.com/watch?v=SlfpR8IgQeY
Postado por Adriana Vaz de souza Silva RA3729620774




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